A2.0 BRASIL REALIZA CURSO DE CAPACITAÇÃO EM MONITORAMENTO TERRITORIAL COMUNITÁRIO

Entre os dias 26 de junho a 1° de julho foi realizado o Curso de Capacitação em Monitoramento Territorial Comunitário para os monitores do Parque Estadual Chandless, no Acre.

O curso aconteceu na base de apoio do Parque, com a presença de 10 monitores e foi ministrado pela equipe da empresa de consultoria Catraia Soluções Ambientais, com base em materiais desenvolvidos anteriormente pelo A2.0 e a Comissão Pro-Índio do Acre (CPI-Acre). O curso teve como foco a capacitação dos monitores para a realização do monitoramento de pressões e ameaças, e incluiu aulas teóricas sobre o uso do aplicativo Field Task e práticas em campo com a simulação dos monitoramentos. Também foram apresentados conceitos como governança e gestão territorial e ambiental e passado o filme “A Lei da Água”, como atividade complementar de Educação Ambiental. 

Foto: Luana Alencar, 2021.

A atividade é parte das ações de integração estratégica das ações de monitoramento de base comunitária no Parque Estadual Chandless (PEC), realizada no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Acre (SEMA-AC) e o projeto Integração de Áreas Protegidas do Bioma Amazônico (IAPA). 

Ambas as iniciativas – IAPA e A2.0 - tem como área de intervenção o Parque Estadual Chandless, onde a SEMA-AC executa o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora) financiado pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), o que faz oportuno a integração de ações.  Durante o curso foram também abordados temas sobre o monitoramento de peixes e o uso do aplicativo Ictio, foco das ações do projeto IAPA.

Foto: Luana Alencar, 2021.

Como ressalta Luiz Henrique Medeiros Borges, presidente da Catraia, e coordenador do Monitora no Chandless desde 2017, “o curso marca o pontapé da parceria entre as iniciativas, a qual pode trazer mais robustez aos desenhos amostrais, coleta e gestão de dados, além de otimizar o esforço logístico e operacional de se chegar a áreas isoladas do Parque, onde as ações de monitoramento ocorrem; finalmente, fortalece o papel dos monitores comunitários locais”.

Uma vez concluída essa etapa, o próximo passo é a execução do monitoramento. Os levantamentos serão realizados durante os meses de julho a setembro, de maneira concomitante ao processo de amostragem dos alvos da biodiversidade do Programa Monitora, para uma otimização logística e maior efetividade de ação. No âmbito do A2.0, pretende-se monitorar as principais áreas de alta pressão de invasão, caça e pesca. Todos os monitores receberam também um smartphone com os aplicativos instalados.

Foto: Luana Alencar, 2021.

Espera-se que a integração das iniciativas fortaleça a as ações de monitoramento participativo no Parque, ampliando o gerenciamento do território e melhorando assim os modelos de governança e o fluxo de informações de monitoramento geradas; orientando, por sua vez, a tomada de decisão pelos órgãos públicos competentes, entre elas, de geração de renda local e a definição de estratégias de incidência em políticas públicas (advocacy) pela comunidade local.