Articulação de iniciativas de monitoramento e vigilância comunitária

Autoridades e funcionários da Subsecretaria de Patrimônio Natural, juntamente com representantes de organizações de cooperação que apóiam o monitoramento e a vigilância comunitária dos recursos naturais e da Confeniae, reuniram-se em 31 de outubro e 1º de novembro em Quito para o Workshop Nacional de Monitoramento e Vigilância Comunitária, com o objetivo de articular as iniciativas de monitoramento e vigilância comunitária dos recursos naturais, com o objetivo de fortalecer as políticas públicas de monitoramento.

Os participantes do evento tiveram a oportunidade de compartilhar experiências e lições aprendidas de diferentes iniciativas de monitoramento desenvolvidas em nível nacional, identificaram sinergias entre as propostas apresentadas e acordaram diretrizes básicas que contribuirão para a consolidação do sistema nacional de monitoramento comunitário desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, Água e Transição Ecológica (MAATE).

Carlos Ponce, diretor da Diretoria de Florestas do MAATE, mencionou a importância de realizar estas oficinas para compartilhar experiências, e indicou a intenção de apoiar estes espaços: "No MAATE queremos apoiar, e queremos ser apoiados, para fazer uma minga de conhecimento para unir laços", e apontou que, embora esta oficina seja uma primeira reunião em nível de monitoramento comunitário, ele sugere que ela seja implementada novamente para ver como unir conhecimento. 

Ponce fez referência à importância de ligar processos de forma compartilhada entre diversos atores: "Com MAATE estamos promovendo temas de transição ecológica, especialmente na política, para ligar esses processos não apenas do ponto de vista da autoridade, mas também em nível local, para a vigilância do território e para que a governança seja compartilhada".

Graças ao monitoramento comunitário, é possível implementar ações que contribuam para reduzir a taxa de desmatamento e degradação florestal, prevenir a perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos e promover o uso sustentável, a gestão e a governança territorial.

Nanki Wampankit, líder de territórios, recursos naturais e ambiente da Confeniae, lembrou que o processo de monitoramento é inerente a sua existência: "é por isso que estamos aqui hoje para poder discutir, trabalhar, articular e trazer uma idéia clara de para onde queremos ir".  Wampankit acrescentou que o monitoramento não está apenas coletando informações, mas também demonstrando o que está acontecendo e é por isso que, na região amazônica, a Confeniae tem realizado este processo e tem procurado reconhecer que as organizações implementam este monitoramento".

O monitoramento comunitário torna possível identificar mudanças na floresta. As informações coletadas nos diferentes ecossistemas são muito úteis para a tomada de decisões que visam o cuidado e o manejo sustentável dos recursos naturais. 

Carmen Josse, diretora executiva da Fundación EcoCiencia, comentou: "temos uma Amazônia com uma cobertura florestal muito importante, e é nosso maior compromisso como país conservá-la, por várias razões: não só por causa dos compromissos que o país assumiu com as questões de biodiversidade e mudança climática, mas principalmente por causa dos serviços ecossistêmicos que a Amazônia fornece em todos os sentidos, não só para o país, mas também para o mundo, mas principalmente para aqueles que vivem lá".

Josse lembrou que as pressões continuarão a aumentar, para as quais devem ser consideradas novas formas colaborativas de monitoramento dos recursos das florestas amazônicas, como os processos que o projeto Amazônia 2.0 vem realizando.

O workshop foi realizado como parte do encerramento do projeto Amazônia 2.0, uma iniciativa colaborativa liderada pela UICN-Sul e apoiada pela União Européia em seis países parceiros do projeto.